A formulação de políticas públicas no âmbito municipal e o meio como se desenvolvem e se aprovam ou não as leis é fator decisivo para o desenvolvimento de uma comunidade.
Daí a importância em termos câmaras independentes e agentes políticos e administrativos com qualificação e compreensão da complexidade existente na formulação dessas políticas públicas.
No entanto, o que vemos com grande frequência são alterações de peças no “baralho da política” que são carregadas de interesses que muitas vezes nem garantem o benefício da coletividade. O fato poderia ser considerado normal se não estivesse atrelado a ele o desejo por mais apoio aos projetos do governo.
Com isso infelizmente muitas câmaras municipais vão deixando uma certa independência de lado.
O benefício ou o malefício que a troca de cadeiras pode causar, depende da consciência de cada um que assume este ou aquele cargo.
O fato de projetos de leis virem engessados para votação sem possibilidades de vistas ou adiamento e a prerrogativa de voto em separado ser negada sem justificativas por alguns parlamentares são no mínimo estranhas. O fato de se “negar o direito” de votar em projetos do executivo livremente, põem sim, em cheque a independência que o Legislativo deveria ter e isso não é bom.
Para que na política cada um cumpra de maneira efetiva o seu papel é preciso que os interesses da coletividade estejam acima de outros interesses particulares. As trocas nas cadeiras podem perfeitamente ocorrer desde que a gratidão não seja atrelada a parcialidade do voto. Só assim conseguiremos conquistar os benefícios sociais com escolhas livres tendo a oportunidade de fazermos a avaliação real do político que elegemos por meio do nosso voto.